Universidade
Federal do Pará
Instituto
de Ciências Exatas e Naturais
Faculdade
de Ciências Naturais
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID
Elisangela Barreto Santana –
Graduando em Licenciatura Plena em Ciências Naturais
Projeto: A Aprendizagem Significativa
em uma oficina de Astronomia a alunos do ensino fundamental na escola Vilhena
Alves na cidade de Belém.
Belém – PA
2012
..................................................................................................................................................................................................
1 – Identificação:
Professores: João Barbosa
Elisangela B. Santana
Data: De 19/09/2012 a 09/10/2012.
Público Alvo: Alunos do 3º período ( 6º e 7º anos ) do EJA, ensino
fundamental, da E. E. E. F. M. Vilhena Alves, turmas F3TJ01 e F3TJ02, que serão
chamados de turma A e turma B respectivamente, do turno da tarde.
2 – Tema:
A
Aprendizagem Significativa em uma oficina de Astronomia a alunos do ensino
fundamental na escola Vilhena Alves na cidade de Belém.
3 – Objetivos:
Geral:
Trabalhar
de maneira significativa os conceitos de Astronomia no Ensino Fundamental.
Específicos:
Ao
final do projeto os alunos deverão estar aptos a:
Compreender
as causas das estações do ano.
Diferenciar
dia, mês e ano e os fenômenos responsáveis por sua formação.
Entender
como surgiram os calendários, bem como sua importância no passado e presente.
Definir
as Fases da Lua e suas causas.
Identificar
os Planetas e Estrelas.
4 – Conteúdos:
Estações
Meteorológicas e previsão do tempo.
As
Estações do Ano.
Movimentos
de rotação e translação.
Força
da Gravidade.
Calendário.
Duração
do dia,mês e ano.
Fases
da Lua.
Efeito
das Marés e estabilização do clima.
Isaac
Newton e a luz.
Decomposição
da luz.
Estrelas
e Planetas.
5- Introdução:
O ensino de Astronomia é incentivado
no terceiro ciclo nos PCN dentro do Eixo Temático “Terra e Universo” (BRASIL,
1998). No entanto a forma como tem sido trabalhado nas escolas de ensino
fundamental deixam pouco espaço para o aluno exercer sua criatividade,
manifestar suas dificuldades ou ter um aprendizado significativo. Assim faz-se
necessário a utilização de uma metodologia que dê ao aluno autonomia e a
possibilidade de uma participação ativa no processo de ensino-aprendizagem
(FREIRE, 1996).
Dentro desta perspectiva, a Teoria
da Aprendizagem Significativa satisfaz essa necessidade, pois está pautada na
preocupação com o aprendizado do estudante, levando em consideração sua
estrutura cognitiva (PRAIA, 200O). O presente projeto tem como ponto focal o
aluno e seu aprendizado na medida em que os conteúdos são apresentados e o
processo de ensino-aprendizagem é investigado.
Para
facilitar o aprendizado serão realizadas quatro oficinas para a construção de
modelos explicativos com o uso de materiais de baixo custo, que serão doados
para a escola e poderão ser utilizados por outros professores ao trabalharem
tais conteúdos. Essas oficinas servirão como organizadores prévios dentro da
proposta da Aprendizagem Significativa, além de outros elementos que serão
igualmente explorados.
Espera-se
assim ser capaz de favorecer a Aprendizagem Significativa dentro do espaço
escolar, levando os alunos a adotarem uma postura autônoma diante do
aprendizado e estabelecendo um ambiente escolar amigável e acessível aos
alunos.
6- Justificativa:
Em
virtude da ampla gama de elementos sugeridos ao trabalhar a teoria da
Aprendizagem Significativa e da disponibilidade do tempo ser insuficiente para
a abordagem desejada, apenas alguns elementos Teoria da Aprendizagem
significativa serão aqui utilizados.
Segundo
David Ausubel, o ponto de partida para uma aprendizagem significativa é
entender o que o aluno já sabe (MOREIRA, 2006). Para tanto, é necessário
entender seus subsunçores, ou
seja, conhecer o que o aluno já tem em sua
estrutura cognitiva, que irá ajudar a estruturar de maneira significativa os
assuntos trabalhos. Isso será feito por meio de questionários aplicados antes
do início dos tópicos de estudo sobre assuntos de astronomia.
O passo seguinte
seria fornecer materiais que possibilitem ao estudante construir da maneira
significativa seu próprio conhecimento. Isso se dá através da apresentação dos
Organizadores prévios, que sãomateriais instrucionais utilizados antes dos materiais de
aprendizagem em si, sempre em um nível mais elevado de abstração, generalidade
e inclusividade (MOREIRA, 2008). Tais organizadores prévios serão apresentados
através de vídeos, palestras e aulas expositivas, bem como pelas oficinas que
serão realizadas no laboratório multifuncional da escola e os experimentos que
serão realizados a partir dos modelos construídos pelos próprios alunos.
Enquanto os
conteúdos são apresentados, será feita a diferenciação progressiva e a
reconciliação integrativa, elementos que possibilitam a construção do
conhecimento de maneira progressiva ao passo que inter-relacionam as partes com
o todo. Este aspecto da Teoria da Aprendizagem significativa será introduzido
de maneira subjetiva nas aulas, explicações e palestras, bem como na execução
dos experimentos a partir dos modelos construídos.
A diferenciação
progressiva aparece como princípio programático da matéria de ensino, segundo o
qual as idéias mais gerais e inclusivas do conteúdo devem ser apresentadas no
início da instrução e, progressivamente, diferenciadas em termos de detalhe e
especialidade, visando fornecer degraus progressivos de aprendizagem, o que
satisfaz a aprendizagem cognitiva que afirma que o conhecimento é organizado
progressivamente na estrutura cognitiva, de maneira hierárquica (PRAIA, 2000).
Dentro da
perspectiva da aprendizagem significativa ainda se faz necessário a
reconciliação integrativa que é o princípio segundo o qual a instrução deve
também explorar relações entre idéias, apontar similaridades e diferenças
importantes e reconciliar discrepâncias reais ou imaginárias (MOREIRA, 2006).
Isso será feito ao passo que os assuntos irão sendo trabalhados e cada aspecto
será relacionado com os anteriores, mostrando que estão todos interligados
dentro do tema central Astronomia.
Será apresentado
aos alunos um mapa conceitual como recurso didático, uma vez que segundo o
princípio ausubeliano os mapas podem ser usados para mostrar hierarquias entre
conceitos que estão sendo ensinados em uma unidade de estudo,como será o nosso
caso (MOREIRA, 2006). No entanto, visto que os mapas conceituais podem ser
utilizados também como instrumento de avaliação, os estudantes serão
encorajados a fazer um mapa conceitual após a realização das oficinas, com o
intuito de avaliarmos o grau de aprendizagem dos mesmos.
Enfim, diversos
aspectos da Aprendizagem Significativa serão utilizados no intuito de possibilitar
aos estudantes um aprendizado significativo ao invés de apenas trabalhar os
conteúdos de maneira fragmentada, restrito a reprodução do conhecimento, o que
é uma prática bem comum no atual paradigma educacional (BEHRENS, 2005).
7 – Metodologia:
O projeto terá
por base a pesquisa qualitativa, uma vez que envolverá a observação,
intervenção, participação e a interpretação dos dados por parte da pesquisadora
(OLIVEIRA, 2008).A metodologia envolverá a observação, questionários,
apresentação de seminários, visita a um espaço não formal de ensino em
Astronomia, a coleta e a análise documental no intuito de compreender e
realizar um diagnóstico da metodologia utilizada e, se pretende ainda,
interferir e propor ao conjunto de sujeitos participantes mudanças que levem a adoção
de uma postura autônoma, enquanto com isso se constrói a aprendizagem
significativa(SEVERINO, 2007).
O projeto transcorrerá
durante as aulas de Ciências e será realizado em 9 horas/aulas, divididos em
seis encontros que teremos num período de três semanas em sala de aula e
laboratório, além de uma visita ao Núcleo de Astronomia da UFPA (NASTRO). As
atividades serão assim divididas:
1º
Encontro: 1 aula
O
projeto será apresentado aos alunos e a proposta será discutida com a turma a
fim de delinear a metodologia de trabalho. Os alunos formarão suas equipes e
serão conduzidos ao laboratório onde ocorrerão as oficinas. Ainda no laboratório
os alunos responderão a um questionário com perguntas sobre os conteúdos que
serão trabalhados, com o intuito de identificar os subsunçores. Serão
incentivados a serem assíduos e participativos a fim de alcançarem um
aprendizado significativo. Será explicado como ocorrerão as oficinas e cada
equipe receberá um informativo de como executar suas atividades conforme
escolha ou sorteio.
2º Encontro: 2 Aulas
Os alunos serão conduzidos ao
laboratório onde assistirão a um vídeo sobre o funcionamento de uma estação
meteorológica e informações sobre como são feitas as previsões do tempo e
medições pluviométricas em Belém. Após a apresentação receberão os materiais e
as instruções para a produção de uma estação meteorológica, a construção de uma
Biruta e um pluviômetro, a ser instalado em um lugar pré-estabelecido pela
direção da escola.
3º Encontro: 1 Aula
Será realizada a oficina Gnomo e
Relógio de Sol. Haverá uma explicação do que é um gnomo e como se utiliza para
determinar os pontos cardeais, importantes para a utilização do relógio de Sol
e a fixação da Biruta da estação meteorológica.
4º Encontro: 2 Aulas
Ocorrerá
a terceira oficina que será a fabricação de um modelo explicativo sobre as
estações do ano. Em seguida os alunos serão conduzidos à sala de vídeo onde
assistirão a um seminário sobre as estações do ano e Calendários - importância
e utilização desde a antiguidade.
5º Encontro: 1 Aula
Os alunos serão conduzidos à sala de
aula onde assistirão a dois vídeos, um sobre como ocorrem as fases da Lua e
outro sobre os efeitos de maré. Emseguida darão início a ultima oficina que
será a produção do Painel fases da Lua, um modelo explicativo para o período
sinódico da Lua.
6º Encontro: Nastro
Os alunos serão conduzidos à UFPA
para conhecerem o NASTRO, onde participarão de uma palestra sobre erros
conceituais em Astronomia, comuns em livros didáticos. Serão convidados a
produzirem um mapa conceitual dos assuntos aprendidos, que será utilizado como
recurso avaliativo.
7º Encontro: 2 Aulas
Será a culminância das atividades. Os
alunos irão utilizar os modelos produzidos por eles para explicar os fenômenos
científicos abrangidos, como a formação das fases da Lua e sua influência e a
causa das estações do ano. Farão a instalação da Biruta e do Relógio de Sol na
escola e farão as devidas explicações de sua utilização aos que estiverem
presentes. Nesta ocasião toda a comunidade escolar será convidada a participar.
8 – Recursos materiais:
ÍTEM
|
Qtde
|
VALOR UN.
R$
|
VALOR
TOTAL
R$
|
PACOTE DE PALITO DE CHURRASCO
|
1
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
COLA DE ISOPOR
|
1
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
BOLA DE ISOPOR Nº 10
|
20
|
0.50
|
10,00
|
BOLA DE ISOPOR Nº 25
|
6
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
ESTILETE
|
5
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
TUBO DE TINTA PRATA
|
1
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
TUBO DE TINTA AZUL
|
1
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
TUBO DE TINTA VERDE
|
1
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
TUBO DE TINTA PRETA
|
1
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
PINCEL Nº 6
|
4
|
0,70
|
2,80
|
PINCEL Nº 10
|
4
|
0,90
|
3,60
|
FOLHA DE ISOPOR MÉDIA
|
2
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
LIXA FINA
|
1
|
1,20
|
1,20
|
RÉGUA DE 30 CM
|
2
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
FITA DE CETIM LARGA
|
1 m
|
4,00
|
2,00
|
FITA ADESIVA
|
1
|
SEM CUSTO
|
|
FITA ISOLANTE
|
1
|
3,00
|
3,00
|
CABO DE VASSOURA
|
1
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
BOCA DE LUZ
|
1
|
2,50
|
2,50
|
LÂMPADA DE 40W
|
1
|
3,00
|
3,00
|
FIAÇÃO ELÉTRICA
|
2 m
|
3,00
|
6,00
|
ACENDE/APAGA
|
1
|
2,50
|
2,50
|
TOMADA
|
1
|
1,50
|
1,50
|
CARTOLINA AMARELA
|
1
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
ESTOJO DE CANETINHA (12 CORES)
|
1
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
GARRAFA DE 2 L
|
2
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
CÓPIAS
|
280
|
SEM CUSTO
|
SEM CUSTO
|
VALOR
TOTAL
|
41,60
|
9 – Cronograma:
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
|
DIA/MÊS
|
|||||||||
19/09
|
20/09
|
25/09
|
26/09
|
27/09
|
02/10
|
03/10
|
04/10
|
05/10
|
09/10
|
|
TURMA B (PRIMEIRO ENCONTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMA A (PRIMEIRO ENCONTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMA B (SEGUNDO ENCONTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMA A (SEGUNDO ENCONTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMA B (TERCEIRO ENCONTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMA A (TERCEIRO ENCONTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMA B (QUARTO ENCONTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMA A (QUARTO ENCONTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMA B (QUINTO ENCONTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMA A (QUINTO ENCONTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMAS A e B (NASTRO)
|
X
|
|||||||||
TURMAS A e B (CULMINÂNCIA)
|
X
|
...............................................................................................................................................................
Referências:
BEHRENS, M.A. O paradigma emergente e a prática
pedagógica. Editora Vozes. Petrópolis, RJ, 2005.
BRASIL.Parâmetros curriculares Nacionais: Ciências
Naturais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998
CANALLE, J. B. G.; Oficina de Astronomia. Instituto de Física. UERJ.
GREGIO, R.
Lua, Guia de observação. REA/Brasil.
IACHEL, G. Concepções alternativas de alunos do ensino médio sobre o
fenômeno de formação das fases da lua. Revista Latino-Americana de Educação em
Astronomia - RELEA, n. 5, p. 25-37, 2008
LANGHI, R. Ensino de astronomia: erros conceituais
mais comuns presentes em livros didáticos de ciências. Caderno Brasileiro
de Ensino de Física. V.24 p 87-111. Abril, 2007.
MOREIRA, M. A. Mapas conceituais. Revista Chilena de
Educação Científica, 4(2): 38-44, 2005.
______ A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação
em sala de aula – Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2006.
______ Organizadores prévios e Aprendizagem
significativa -Revista Chilena de Educación
Científica, ISSN 0717-9618, Vol. 7, Nº. 2, 2008, p. 23-30.
OLIVEIRA, V.R. Desmitificando a pesquisa científica. Belém: EDUFPA, 2008.
PRAIA, J.F. Aprendizagem significativa de David
Ausubel: Contributos para uma adequada visão da sua teoria e incidência no
ensino.III encontro internacional sobre Aprendizagem Significativa.
Peniche, 2000.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23
Ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SILVEIRA, F. L. Marés, fases principais da lua e bebês.
Caderno Brasileiro de ensino de física, Florianópolis, v. 20,, N..1::
P..10-29,, ABR.. 2003.
TREVISAN, R. H. Assessoria na avaliação do conteúdo de Astronomia dos livros de
Ciências do primeiro grau. Londrina – PR. Depto. De Física, UEL.
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